Triângulo de Exposição | Non hilum
- Nathalia Romae

- 15 de jul.
- 3 min de leitura
Quando estamos aprendendo a mexer em uma câmera, é comum começar aprendendo a configurar a máquina de forma manual. O que requer muita paciência e atenção.
A primeira coisa que a gente aprende em fotografia é: foto nada mais é do que luz. A iluminação é a base para uma foto nítida.
A segunda coisa que aprendemos é o triângulo de exposição, que nada mais são do que os três pilares da fotografia.

E o que seria esse triângulo?
Chamamos de triângulo de exposição três funções básicas para todos os tipos de câmera: a abertura do diafragma, a velocidade do obturador e o ISO. Esses três elementos são fundamentais para realizar uma fotografia eficaz.
E por que um triângulo? Bem, são três pontos codependentes uns dos outros, ou seja, o trio precisa estar harmonizado para obter o resultado desejado em uma fotografia. Então, eu mexo em uma das três configurações, eu desajusto as outras. Uma compensa a outra.
ISO
Abreviação de International Standard Organization (Organização Internacional para Padronização).
O ISO se trata da sensibilidade do sensor da câmera com à luz, muito utilizado em ambientes escuros. Porém, se em níveis muito altos, pode gerar o famoso ruído de imagem (aqueles granulados que ficam na imagem).

A escala do ISO segue uma sequência numérica de: 100, 200, 400, 800, 1600, 3200 e 6400 (dependendo da câmera), isso significa que quanto maior o número, maior a sensibilidade. Percebe-se que é sempre o dobro do número anterior, assim como nos cartões de memória (4GB, 8GB, 16GB e por aí vai).
Não se esqueça de se atentar ao uso, pois quanto maior o ISO, mais clara a imagem e mais granulada também!
Velocidade do obturador
O próprio nome já entrega, essa função está atrelada à velocidade e tempo. O obturador é como uma cortina que abre e fecha, controlando o período de exposição da luz ao sensor, afetando a aparência do movimento na imagem. Sendo assim, quanto mais tempo aberto, mais luz e quanto menos tempo aberto, menos luz.
Uma de suas principais aplicações está na captação de elementos ou assuntos em movimento, como corridas, carros passando ou pássaros voando, por exemplo.

As velocidades de obturador geralmente são representadas a partir de frações de segundo, por exemplo, 1/2, 1/30, 1/60, etc. Velocidades mais rápidas vão gerar imagens com movimento mais congelado, enquanto velocidades mais lentas darão origem a imagens mais “borradas”, onde acaba registrando o rastro do movimento.
Para velocidades mais lentas de obturador, é preciso um tripé para manter a câmera estável, pois as reações como respiração e batimentos cardíacos causam movimentações, automaticamente criando ruídos na imagem. Se a intenção é conseguir uma foto nítida e definida de algo em movimento, a velocidade precisa ser menor, o clique vai ser mais rápido.
Abertura do diafragma
O diafragma é formado por um conjunto de lâminas que se interpõem umas sobre as outras na lente da câmera e tem como objetivo aumentar ou diminuir a passagem de luz.
O diafragma é representado pela letra “F”, que significa distância focal (distância entre o objeto e a lente da câmera). A profundidade de campo é o que determina maior ou menor nitidez/detalhes nos planos/camadas da fotografia.
Essa função apresenta uma lógica inversamente proporcional em sua numeração: quanto mais aberto o diafragma, menor será o número de F, e quanto mais fechado o diafragma, maior será esse número.

Quanto maior o valor, mais fechado estará o diafragma, o que resulta em uma imagem mais escura e com a área ao redor do item principal mais desfocada. Quanto menor o valor, mais aberto estará o diafragma, gerando uma imagem com mais luz e mais foco.
A escala sempre se apresenta em fator f/1, f/1.4, f/2, f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11, f/16, f/22, f/32, f/64.
Geralmente, a abertura do diafragma menor é utilizada em imagens de paisagens, panorâmicas ou fachadas de estabelecimentos. Enquanto a abertura maior é frequentemente destinada a imagens de retratos ou isolamento de objetos.
Fotometria
Uma ferramenta utilizada para identificar o ponto ideal que garanta que sua fotografia não esteja subexposta ou superexposta é a fotometria.
A fotometria é uma pequena "régua" para medir a luz do ambiente, indicando se está muito escura ou estourada. Normalmente, quando a imagem está com a exposição ideal, o pontinho fica centralizado no número "0".

Para ajudar a gravar
(Sim, foi um trocadilho).
Para finalizar, vou dar uma dica que minha professora deu para não esquecer o que cada configuração significa.
Ela recomendou utilizar as seguintes palavras-chave:
Para o diafragma: olhos. Porque nosso olho foca na claridade e desfoca no escuro;
Para o obturador: rastro. Se baixo, gera rastro. Se está alto, nitidez;
E para o ISO: granulação. Quanto maior, mais granulação. Quanto menor, menos granulação.
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