Casais Icônicos de Filmes
- Nathalia Romae

- 12 de jun.
- 7 min de leitura
Chegou o dia dos namorados, período de sair com a pessoa amada e os solteiros, bem, fazem uma programação solo.
Mas, independente do status de relacionamento, ver filmes continua sendo a forma clássica de passar a data.
E, independente do gênero do filme, tem a possibilidade de ter aquele casal que é querido por todo o público. Às vezes eles nem são o foco principal, mas roubam a cena.
E hoje vamos ver a trajetória de alguns desses casais icônicos do cinema, desde os clássicos até os mais recentes.
Mortícia e Gomez.
Começando pelo casal mais amado pelos fãs da cultura pop: os Addams.
Gomez é um homem devoto à sua esposa e isso é nítido em todas as versões, da mesma forma que Mortícia é super apaixonada por ele. Eles são a meta de todo casal: completamente obcecados um pelo outro e felizes à sua maneira.
A história do casal começa no fim da década de 1930, criada em forma de quadrinhos pelo cartunista Charles Addams como forma satírica de criticar famílias tradicionalistas estadunidenses.
A partir dos quadrinhos, vieram séries de TV, série animada e filmes. Até hoje, a versão mais lembrada e aclamada pelo público é a da atriz Anjelica Huston e o ator Raúl Juliá do filme “Família Addams” (1991).
Lizzie e Sr. Darcy
O enemies to lovers que veio da literatura para as telonas do cinema e ainda diverte pessoas há mais de 200 anos.
A divergência do casal ocorre por causa do preconceito dele e do orgulho de ambos, que impede qualquer tipo de aproximação no começo.
Já começa mal pelo fato de Darcy dizer que Lizzie é “tolerável” e não é tão atraente como a irmã mais velha.
Depois de um tempo, Lizzie se aproxima de um militar chamado George Wickham, por quem Darcy tem aversão, o que deixa Lizzie com ainda mais raiva.
Nada ajuda também depois de uma tentativa do Sr. Darcy se declarar para Lizzie e pedi-la em casamento começa com: “Apesar da inferioridade do seu nascimento…”. Meu caro, obviamente você seria rejeitado.
Só depois de Darcy escrever uma carta explicando toda a história com Wickham e sobre seus sentimentos por Elizabeth é que ela reconsidera a relação entre ela e Darcy. Aí os bonitos se entendem e ficam juntos.
De todas as adaptações que existem do livro, a mais famosa é o filme de 2005 com a Keira Knightley e o Matthew Macfadyen.
Katniss e Peeta
O que era para ser só um casal de fachada acabou se tornando amor de verdade.
Diretamente da saga de livros de “Jogos Vorazes” (2008-2010), o romance entre Katniss e Peeta tem um desenvolvimento bem complexo quando a gente para para analisar de fato.
A começar pelo fato de, no começo, Peeta estar numa relação de mão única, onde ele realmente gostava de Katniss, enquanto ela fingia pelo bem da sobrevivência após os jogos.
Fica muito mais claro para a gente, nos filmes, que ela passa a demonstrar verdadeiros sentimentos românticos por Peeta depois do 3º Massacre Quaternário, quando Peeta foi sequestrado e sofreu lavagem cerebral pelo Presidente Snow, pois ela viu que poderia nunca mais tê-lo e volta.
Só depois da revolução e da queda da ditadura em Panem, Katniss e Peeta puderam desfrutar de uma vida minimamente normal, após tantos traumas.
Chuck e Tiffany
A Bonnie e o Clyde do terror… só que reborn.
Conhecemos o Chuck na saga do Brinquedo Assassino ou a Saga do Chucky (1988-2019), um serial killer que, através de magia, tem seu espírito preso em um boneco.
Seu par romântico, Tiffany Valentine, é apresentada pela primeira vez em “A Noiva de Chucky” (1998), quando ela resgata os restos do ex e o traz de volta à vida. Após um desentendimento, Chucky a mata e prende seu espírito em uma boneca para que fique com ele (bem romântico).
Eles são um casal bem incomum e bem tóxico (para dizer o mínimo), já que Chucky realmente não era lá um bom marido para Tiff, enquanto ela realmente acreditava que ainda tinha algo nele que poderia ser salvo. Ambos compartilhavam certa sede de sangue, tanto que matar era o que unia os dois.
Somente quando descobriram que eles tinham uma criança, Tiff tomou alguma providência e deixou Chucky pelo bem do filho(a) (divórcio complicado).
Ennis e Jack
A história que inspirou o curta de Almodóvar com Pascal e Hawk.
Quem já assistiu Brokeback Mountain sabe que não dá pra ver esse filme sem um pacote de lencinho do lado, porque vou contar pra vocês: vocês sofrem pelo casal, pelos coadjuvantes, pelo fim do filme, por tudo.
São dois homens que trabalham juntos para cuidar de um rebanho de animais nas montanhas e eles acabam se aproximando e se conhecendo de forma mais profunda emocionalmente e sexualmente (tanto que esse seria o "segredo" do título).
Depois de anos sem se verem, os dois, já casados e com filhos, se reencontram e passam a ter encontros frequentes. Quando a esposa de Ennis descobre, ela fica arrasada e se divorcia.
Agora só, Ennis sugere que ele e Jack morem juntos em um pequeno rancho no interior, o que acabou por não se concretizar, pois Jack faleceu de forma trágica e Ennis descobre através da viúva.
Vivian e Edward
O romance que começa com um grande milionário e uma prostituta, mas não é Anora.
O casal de “Uma Linda Mulher” (1990), formado por Julia Roberts e Richard Gere, ainda tem muita presença quando se trata dos romances da época.
Edward Lewis contrata uma jovem prostituta, Vivian Ward, para lhe fazer companhia durante alguns dias. Agora inserida em outro mundo, Vivian se vê necessitada a transformar a forma como se veste e se porta em público. Enquanto Edward, aos poucos, se abre sobre sua vida pessoal e profissional com a mulher (típico de comédia romântica).
O que era só uma relação profissional aos poucos se transformou em paixão. Porém, quando o prazo acabou, ela decidiu reestruturar sua vida e sair da prostituição. Mas ele não se deu por vencido (que bom) e foi atrás dela. E, no fim, eles ficam juntos.
Frances “Baby” e Johnny (Dirty Dancing)
A dança quebrou as barreiras sociais e os uniu.
O filme Dirty Dancing (1987) é um clássico do romance, bem famoso por causa da cena de dança em que Johnny segura a Baby no ar.
A trama é bem envolvente e acompanha Frances e sua família tirando férias de verão em um resort (é sempre verão nesses romances, né? Incrível) e lá ela acaba conhecendo o dançarino Johnny Castle.
Depois que a parceira de Johnny precisou parar de se apresentar, ele acaba se tornando instrutor de dança de Frances para torná-la sua nova parceira. Aos poucos, o envolvimento deixa de ser apenas pela dança, mas se torna um sentimento mútuo de paixão. Porém, eles enfrentam o preconceito por parte do pai de Baby, por Johnny ser de uma classe mais baixa.
Particularmente, o que eu acho mais incrível nesse filme é a atuação do Patrick Swayze e da Jennifer Gray, porque eles se detestavam nos bastidores e eles conseguem te convencer de serem um casal apaixonado. Se isso não é boa atuação, eu não sei o que é.
Só depois de fazer a revisão do texto eu fui me lembrar de "Ghost" (1990), outro filme com Patrick Swayze e Demi Moore que também merecia estar na lista, mas não queria deixar repetitivo, mas eis aqui uma pequena menção honrosa.
Fuligem e Mary.
O casal que representou a realidade de vários casais da época do filme.
O novo sucesso de bilheteria “Pecadores” (2025), além de uma história com uma mensagem incrível, trouxe personagens icônicos e o casal formado por Fuligem e Mary não passa despercebido.
O maior embate desse casal é o fato de eles serem um casal inter-racial nos anos de 1930, o que era crime na época, já que nos Estados Unidos já existia a segregação racial.
E isso fazia com que Fuligem não assumisse um relacionamento com Mary e arranjasse um casamento para ela com um cara branco, mas a gata não desistiu fácil dele e foi atrás com todo seu charme e atrevimento.
No fim, eles acabaram cedendo à promessa de liberdade dos vampiros e se tornaram eternos amantes (romântico eu diria).
Wanda e Visão
A bruxa que se apaixonou pela máquina.
Acho que, para mim, que só acompanha o Universo Cinematográfico da Marvel, fui pega desprevenida quando a Feiticeira Escarlate começou a se envolver romanticamente com a cria do Ultron, mas depois passaram a ser meu casal favorito.
A primeira interação dos dois é em “Vingadores: A Era de Ultron” (2015), quando Visão “nasce” e se junta aos Vingadores contra seu criador.
A conexão deles se forma aos poucos, lá em “Capitão América: Guerra Civil” (2016), onde Visão ajudou Wanda a superar a morte do irmão aos poucos. E mesmo enquanto rolava o romance, eles estavam em times opostos: Wanda no time do Capitão América e Visão no time do Homem de Ferro. No fim, ela acabou presa com os outros membros do time Rogers e depois solta pelo próprio.
Depois de toda a situação, Visão se encontrava com Wanda às escondidas e, em uma dessas visitas, ele foi atacado a comando do Thanos para roubarem a Joia da Mente. Para evitar que Thanos obtenha a pedra, Visão pede para que Wanda o mate. Ela inicialmente recusa, mas, vendo que é a única forma, o faz. Não valeu de nada, já que Thanos volta no tempo só para matar ele de novo e pegar a joia. Com o estalar de dedos, Wanda é desintegrada.
(Mas a coitada volta em “Vingadores: Ultimato” (2019) e luta contra Thanos).
Tendo que lidar com o luto novamente, no seriado "WandaVision" (2021) ela molda a realidade à sua volta, onde ela e Visão são casados e têm gêmeos.
(Honestamente, a pior coisa que fizeram foi ter colocado a Wanda como vilã em Doutor Estranho, mas enfim.)
Elisa e Marcela
A história real que se tornou filme e símbolo de resiliência.
Chegando ao fim da lista, queria citar especialmente o caso que gera polêmica até hoje e se tornou o filme intitulado “Elisa & Marcela” (2019).
O filme retrata o caso real de duas mulheres que conseguiram o feito de se casarem na igreja. Imagino que vocês se perguntem “como?”. A resposta é simples.
Elisa assumiu a identidade de um homem para que o casamento pudesse ser realizado sem suspeitas.
Depois do pároco que realizou a união desconfiar de ter realizado o matrimônio de um casal “sem homem”, um mandato foi emitido para ambos. Elas chegaram a ser detidas, mas depois foram liberadas.
Apesar de parecer tudo lindo e maravilhoso, não se sabe o que aconteceu com o casal na vida real. Mas, ainda assim, elas são símbolo de resistência e ganharam um final feliz na obra da diretora Isabel Coixet.
Essa foi a lista da vez, e aí, qual o seu casal favorito e qual que ficou de fora? Comenta aí. Ah, e feliz dia dos namorados, pombinhos.
.png)





Comentários